segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sobre os arquivos de aula - Datashow

Prezados Alunos,

Devo reforçar que os arquivos apresentados em aula (Datashow sobre Narcotráfico e Cuba) não serão disponibilizados pelo blog, mas pelo site da escola. Para isto, basta acessar www.imaculada.com.br, entrar na parte de downloads, clicar no link 7ªsérie, Geografia. Lá você devem encontrar as referidas apresentações juntamente com outras já apresentadas.

Beijos e Abraços,

Bruno.

Resposta da embaixada cubana à Revista Veja

Segue a resposta elaborada pela embaixada cubana:

Resposta da embaixada cubana à revista "Veja"



"Los hombres no pueden ser

más perfectos que el sol.

El sol quema com la misma luz

que calienta. El sol tiene manchas.

Los desagradecidos no hablan más que

de las manchas.

Los agradecidos hablan de la luz."

José Martí

Em algum veículo de imprensa brasileira foram publicadas informações sobre Cuba que não somente não se ajustam à realidade do que ocorre no País, senão as distorcem e tergiversam, e em casos específicos incorrem em falsidades.

Aqueles que vivem somente uns poucos dias no país se atribuem a prerrogativa de fazer afirmações, que apresentam como verdades absolutas, em temas tão variados e complexos como a situação da moradia, a crise econômica, o valor do peso cubano, o poder aquisitivo do salário dos trabalhadores, a prostituição, a direção das empresas mistas, etc.

A continuação exporemos com argumentos objetivos, dados e cifras irrebatíveis, e elementos de juízos comparativos, algumas reflexões sobre aquelas questões que merecem uma resposta, pois outras críticas, por serem tão absurdas e anacrônicas não a merecem, para que os interessados com o destino do povo cubano possam tirar suas próprias conclusões.

É certo que em 41 anos a Revolução cubana não resolveu o problema da moradia. Antes de analisar em detalhes estas situações é bom perguntar-se em que país do mundo em 200 anos de capitalismo está resolvida esta vital necessidade do ser humano? Em que país da América Latina e Caribe a moradia da população não atravessa por uma situação precária?

Alguém conhece o número exato das milhões de pessoas que vivem na rua ou debaixo de uma ponte por não ter, ainda que seja, uma pequena casa, com vaso sanitário sem tampa, nem válvula de descarga e sem água quente no chuveiro?

Vejamos de imediato qual é a verdadeira situação da moradia em Cuba.

Antecedentes

· Antes do triunfo da Revolução haviam em Cuba 200 mil casebres e choças, 400 mil famílias do campo e da cidade viviam amontoadas em barracões e cortiços sem as mais elementares condições de higiene e saúde; 2.200.000 pessoas da população urbana pagavam aluguéis que absorviam entre 1/5 e 1/3 de suas rendas; e 2.800.000 pessoas da população rural e suburbana careciam de luz elétrica. Uma das primeiras leis da revolução foi a Reforma Urbana, mediante a qual se rebaixava 50% os aluguéis e se proibia o despejo.

Na atualidade 85% das familias cubanas é dona de sua habitação e os 15% que paga aluguel só abona 1 a 2 dólares mensais e com eles vão amortizando o valor da habitação, para finalmente ser dono da mesma. · Não há uma só pessoa nem uma só família que viva nas ruas ou debaixo de uma ponte. · Se constróem 40 mil habitações aproximadamente a cada ano. · Em 2002 os recursos destinados à habitação aprovados pelo parlamento aumentaram 14%.

A economia cubana está em crise ou frente a um colapso

Para fazer uma análise objetiva e imparcial da economia cubana é imprescindível considerar dois importantes fatores:

A economia cubana em si mesmo, sua eficiência, seu desenvolvimento ou estancamento, a quem beneficia seus resultados, ou seja, a maneira em que se distribui a riqueza que toda a sociedade cria;

A economia cubana no contexto da crise mundial globalizada e em particular em sua relação com os países da América Latina e Caribe.



Antecedentes

Embora a história seja conhecida, é bom recordar que o desaparecimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e as mudanças produzidas nos antigos países socialistas do Leste Europeu provocaram uma afetação à economia cubana que provavelmente nenhum outro povo pudesse resistir. Da noite para o dia, Cuba perdeu 85% de suas exportações e 70% de suas importações. O consumo de combustíveis se reduziu de 13 milhões de toneladas por ano a menos de 6. O Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 35% e o déficit do orçamento em relação ao PIB chegou a representar mais de 35%. A isto há que agregar que foi o momento em que o governo dos EUA aprovou, primeiro, a Lei Torricelli, mediante a qual Cuba se viu impossibilitada de comprar alimentos e medicamentos de empresas subsidiárias norte-americanas radicadas em terceiros países no valor de US$ 700 milhões ao ano, e se proibiu (o que ainda perdura) que barcos estrangeiros que levaram mercadorias à Cuba não podiam entrar em portos norteamericanos até 6 meses depois. Segundo, a Lei Helms Burton, mediante a qual se sancionariam a empresas de terceiros países que comerciem com Cuba e que já produziu um prejuízo econômico de mais de US$ 70 bilhões ao povo cubano.

Há que agregar também que, como conseqüência do bloqueio norte-americano que já dura 41 anos, Cuba não pode fazer operações financeiras nem comerciais em dólares, e ademais é o único país do mundo que não recebe empréstimos financeiros do Banco Mundial (Bird), Fundo Monetário Internacional (FMI) nem do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid).



Situação atual da economia cubana

· Entre 1995 e 2000 a economia cresceu 4,7% em média anualmente.

· A produtividade do trabalho cresce 3,5% anualmente;

· O desemprego diminuiu a 5%;

· O salário médio aumentou 5% anualmente;

· Entre 1994 e 2000 o índice de preços ao consumidor diminuiu 16% e nos mercados de livre formação de preços diminuíram ao redor de 70%;

O peso cubano, desde 1994, se revalorizou 7 vezes;


· Turismo. Do 15º lugar no Caribem Cuba passou a 3º, com crescimento médio anual, até 2000, de 19%;

O déficit do orçamento em relação ao PIB se reduziu de 35% alcançado em 1994 a 2,4% em 2000.



Resultado da economia no ano 2001

O ano passado, apesar de:


A crise econômica globalizada, agravada pelos acontecimentos de 11 de setembro;

O Furacão Michelle que causou grandes danos ao país, com perdas avaliadas em 1,8 bilhões de pesos;

A continuação do bloqueio dos Estados Unidos. O processo de recuperação econômica do país continuou desenvolvendo-se como o demonstram os seguintes dados: o crescimento de 3% do PIB, crescendo de maneira especial o setor industrial açucareiro, a agricultura, as construções, o transporte e as comunicações.

· A produção de petróleo cresceu 7,5%, o que permite que 52% da eletricidade seja gerada com combustível nacional.

A produção de tabaco torcido para exportação cresceu 58%.

Como conseqüência da eficiência alcançada se alcançou um aumento de 2,3% na produtividade do trabalho, uma redução da intensidade energética de 3% e uma diminuição de 3% dos gastos por dólar de ingresso bruto.

A taxa de desemprego se reduziu de 5,4% no ano 2000 até 4,1% em 2001.

O déficit do orçamento em relação ao PIB resultou somente em 2,7%.



Comportamento da economia cubana em comparação com a economia mundial

No ano de 2001, a economia dos Estados Unidos, não crescerá mais de 1%, a da União Européia não passará de 1,5% e do Japão diminuirá 0,8%.

Em nível mundial o crescimento econômico médio será somente de 1,3%.

O crescimento médio da América Latina é de somente 0,5% e 7 países têm crescimento negativo, ou em outras palavras, decrescem. A Argentina decresce quase 4% e o México decresce 0,1%.

De 20 países latinoamericanos, nos que não se inclui o Caribe Anglófono, em 14 deles decresceu o PIB per capita.

Enquanto Cuba, a chamada por alguns "economia em crise ou frente a um colapso", tem um crescimento do PIB de 3%.

O crescimento de 3% tem um valor superior mais além do qualitativo, se tivermos em conta que a metodologia de cálculo do PIB - utilizado de modo geral nas comparações internacionais - subvaloriza os serviços sociais como a educação, a saúde, a cultura que em Cuba não tem caráter de transações mercantis geradouras de elevados pagamentos ou altos lucros.

Essa suposta economia cubana em crise ou frente a um colapso, é capaz de dedicar para o ano 2002 65% do total de gastos correntes da atividade orçamentada para a educação, cultura, a saúde, a segurança e assistência social, o que representa um crescimento de 10,5% com respeito ao destinado em 2001.

De maneira especial, os gastos dedicados a educação cresceram 13,1% e os da saúde 4,6%.

O salário dos cubanos

Será certo que o salário dos cubanos é o mesmo de sempre e não vale nada?

Qualquer aluno do ensino secundário sabe que existe um salário nominal (o que recebe em correspondência a um trabalho realizado), e o real (o que expressa seu poder aquisitivo, ou seja, o que pode comprar com ele em bens e serviços). É sob esta realidade que temos de examinar o tema salário em Cuba e em qualquer país.

Vejamos primeiro a falsidade do que se expressa - sem argumentos, sem dados - quando se afirma que o salário dos cubanos é o mesmo de sempre:

Entre 1995-1999 o salário médio aumentou 4,1% anualmente; · Em 1999, 60% dos trabalhadores da esfera orçamentária - saúde, educação, judicial, polícias - receberam um incremento salarial de aproximadamente 30%;

No ano de 2000 o orçamento do estado destinou 6,2% a mais para o pagamento de salários dos trabalhadores das esferas orçamentadas;

No ano de 2001 o salário médio de todos os trabalhadores aumentou 4,7%.



O salário dos cubanos não vale nada

Os que afirmam que o salário dos cubanos não vale nada, estão expressando, primeiro, um desconhecimento total da economia e da realidade cubana, e segundo, o uso de uma simplicidade extraordinária na especial avaliação que realizam ao tomar exclusivamente, para tal afirmação, a correlação do câmbio de 1 dólar por 20-26 pesos cubanos, segundo a cotação do dia.

Por sua vez aqueles que fazem tal afirmação desconhecem totalmente o que representa para o cidadão e a família cubana o poder aquisitivo do salário que recebe. Vejamos alguns exemplos da situação em Cuba referida à relação salário-aquisição de bens e serviços:

Uma cesta básica para uma família de 4 pessoas (inclui um filho menor de 7 anos) e contendo arroz, açúcar, café, pão, leite, batata, custa em Cuba 3 dólares. Nos EUA custa 138 dólares;

Segundo dados do Banco Suíço UBS, os níveis de imposto sobre o salário em um grupo importante de países está entre 30 a 40%. Em Cuba não se paga imposto;

De acordo com o estudo realizado pelo Banco Suíço UBS, do salário que realmente se recebe, entre 30 a 60% se destina ao pagamento de aluguel da moradia. Em Cuba, 85% das famílias são donas de suas casas, portanto não pagam aluguel e os 15% restante pagam de aluguel 1 ou 2 dólares mensais, em forma de amortização, pois ao final do pagamento do custo de moradia se converte em proprietário dela. Em Nova York, um apartamento de 3-4 quartos, a renda média é de 3.230 dólares (o caro) e 1.190 (o barato);

Na educação superior, a matrícula de ingresso em um grupo de 41 universidades norte-americanas flutua de 17.628 dólares até 24.250. Em Cuba é gratuíta;

O custo médio de uma carreira de médico é hoje, no mundo, de 80.000 a 100.000 dólares. Em Cuba é gratuíta;

Toda a educação em Cuba, desde a creche até a universidade, é totalmente gratuíta;Os serviços médicos nos EUA são extremamente caros, em média, um leito de terapia intensiva custa 980 dólares diários, o custo de um parto flutua entre 3.000 e 4.000 dólares. O custo de uma mamografia é de 100 dólares, uma obturação custa em média 60 dólares e a extração de um molar, 40 dólares. Em Cuba é totalmente gratuíta, como também é gratuíta qualquer cirurgia ou transplante de órgão, seja coração, fígado, rim, etc.;

Nos EUA, medicamentos para hipertensão, antidepressivos, diabetes, ansiolíticos, antihistamínicos, antiinflamatórios, podem custar entre 11 e 149 dólares. Em Cuba alguns destes medicamentos (ou seus similares) custam menos de um peso cubano e a maioria deles menos de 10. São ademais numerosos os casos em que os medicamentos se administram totalmente grátis;

Com um dólar, o cubano médio pode:

Pagar um mês de aluguel ou,

dois meses de eletricidade ou,

três meses de telefone ou,

comprar a quota de arroz de uma família de 4 pessoas, correspondente a mais de três meses ou,

assistir a 22 jogos de baseball de uma qualidade de grandes ligas ou,

comprar um litro de leite diariamente a seu filho menor de 7 anos durante quase três meses.



Há perguntas que qualquer pessoa pode fazer-se. Nos países da América Latina um cidadão médio pode comprar com um dólar o mesmo que o cubano?

Quantas famílias podem dizer que pelos serviços educacionais e de saúde não tem que pagar um só dólar?

Pode com um dólar pagar o aluguel de uma casa de 2-3 dormitórios?

Pode uma família de 4 pessoas comprar os alimentos de uma cesta básica com apenas três dólares?



Também qualquer pessoa honesta pode perguntar-se:

Como é possível se o salário de um trabalhador cubano é de 10 dólares mensais, que não existam um só cubano vivendo na rua ou debaixo de uma ponte, que não haja uma só criança descalça ou trabalhando, ou sem estar na escola. Que não haja uma só pessoa passando fome ou que morra por falta de medicamentos ou assistência médica, que não haja uma só pessoa que morra de enfermidades preveníveis ou curáveis?

Como é possível em um país cuja economia está em colapso e que só pode pagar 10 dólares mensais a seus trabalhadores, não existam analfabetos, o nível educacional médio dos trabalhadores seja de 9 graus, que de cada 8 cidadãos, um tenha nível técnico médio e de cada 15 um tenha nível universitário?

Como é possível em um país em crise e que paga salários muito abaixo do nível de miséria, a taxa de mortalidade infantil em crianças menores de um ano seja de 6,3 por mil nascidos vivos e que exista um médico para cada 168 habitantes? Não seria mais honesto reconhecer e dizer, embora não se endosse o sistema político do país, que o salário médio do cubano, que não dá para fazer-se rico, é mais que suficiente, pelo poder aquisitivo que possui, e pela existência de um sistema de distribuição justo, equitativo e solidário das riquezas que toda a sociedade produz, para que o cidadão e a família viva com dignidade e possa possuir um dos níveis de saúde e educação mais altos do mundo?



Os soviéticos subsidiavam o petróleo

Durante 30 anos as diferentes administrações norte-americanas estiveram divulgando pelo mundo que a economia cubana era subsidiada pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, e que tanto no plano político como econômico Cuba era um satélite deste país.

Como repetiam dia a dia mediante suas agências transnacionais de notícias que dominam 85% de tudo o que se publica no mundo, é compreensível que até pessoas honestas e amigas do povo cubano acreditassem.

Com essa desinformação o que realmente pretendiam ocultar era o justo mecanismo de intercâmbio comercial existente entre um país poderoso e outro pequeno e subdesenvolvido. Nada mais, nada menos que o mesmo tipo de intercâmbio que na atualidade se reclama na nova ordem internacional que obrigatoriamente deve implantar-se se realmente quer resolver os graves problemas que hoje enfrenta a humanidade.

Durante a existência da URSS, Cuba se integrou plenamente à comunidade econômica dos países socialistas, no contexto da qual se estabeleceu uma útil divisão internacional do trabalho em que cada país se especializava e responsabilizava com aquelas produções que lograva fazer com maior eficiência e rentabilidade e em correspondência com suas características e nível de desenvolvimento alcançado. Dessa maneira, Cuba aportava produtos como o açúcar, cítricos, níquel, tabacos, rum, produtos tradicionais da economia cubana, o que facilitou além de poder desenvolver suas indústrias e as infra-estruturas energéticas e viárias necessárias. Em troca recebia da URSS e outros países socialistas petróleo, aço, fertilizantes, alimento animal e outros importantes produtos que complementavam sua economia.

Em acordo mutuamente vantajoso para Cuba e a URSS os preços do petróleo e do açúcar subiam e baixavam de acordo com o mercado internacional, com eles se lograva ter em conta a assimetria existente entre as economias dos dois países. Ademais os preços estáveis ofereciam uma importante garantia para o desenvolvimento dos planos qüinqüenais dos dois países. Em particular no tema do açúcar, para a URSS sempre resultava mais proveitoso este sistema de preços pois o custo da produção do seu açúcar de beterraba sempre resultava muito mais elevado que o do açúcar cubano.

Portanto, estes elementos demonstram que a União Soviética nunca subvencionou o petróleo que fornecia à Cuba; e muito menos a sua economia.

Quando desapareceu a União Soviética com ela desapareceu também o mito propagado pelos norte-americanos de que Cuba era um satélite do dito país, e também o mito do subsídio. Já se passaram mais de 10 anos do desaparecimento desse heróico país e Cuba, não só não afundou, como prognosticaram seus inimigos, como se mantém livre e independente e já obtém um crescimento gradual de sua economia, inclusive, superior ao que a América Latina obteve em seu conjunto.



As empresas mistas são dirigidas por estrangeiros

Esta afirmação que alguns fazem está formulada com a intenção de que as pessoas creiam que a economia cubana está dirigida por estrangeiros e dependente de estrangeiros.

No artigo 3 da Lei de Inversão Estrangeira, aprovada pelo Parlamento Cubano em 5 de setembro de 1995, se estabelece como um dos objetivos de uma Joint Venture garantir a participação da parte cubana na administração e coordenação da empresa. Sobre a base desta disposição legal, o órgão de direção de uma Joint Venture poderá decidir se o gerente da empresa deve ser um cubano ou um estrangeiro.

A inversão estrangeira direta se concebe como um complemento dos esforços nacionais, que contribui para o desenvolvimento do país, orientada à busca de novos mercados no exterior, tecnologias competitivas e financiamento (fundamentalmente a longo prazo).

Na atualidade a inversão estrangeira em Cuba apresenta a situação seguinte:

Ao finalizar o ano de 2001, se encontravam funcionando de maneira ativa no país 401 Associações Econômicas Internacionais. Os sócios estrangeiros com maior participação nestes negócios são Espanha, Canadá e Itália. Estas empresas mistas empregam ao redor de 35 mil trabalhadores (no país há mais de 3,8 milhões de trabalhadores). Os aportes dessas empresas representam entre 3 a 4% do Produto Interno Bruto.

Estes argumentos desmentem qualquer falsa ou distorcida informação que pretenda demonstrar que as empresas cubanas estão em mãos de estrangeiros.



A prostituição está por todas as partes

Por regra geral quando algumas pessoas desconhecedoras do tema, ou mal informadas, ou com intenção de fazer dano à imagem de Cuba, falam da prostituição no País, expõe o assunto como se Cuba inteira fosse um prostíbulo (como se fosse antes da Revolução) afirmando também que o governo o tolera, ou simplesmente, como se Cuba fosse o único país do mundo onde existisse prostituição.

Antes do triunfo da revolução em Cuba existiam 400 mil prostitutas que, como segue ocorrendo hoje em todos os países do mundo, têm que dedicar-se a vender seu corpo para não morrer de fome e poder sustentar seus filhos. Uma das primeiras medidas adotadas pelo governo cubano desde os primeiros momentos do triunfo revolucionário foi a de eliminar as bases sociais e econômicas que geravam a prostituição. Graças a ditas medidas Cuba pode erradicar esse mal e todas as mulheres que se dedicavam a tão triste ofício foram incorporadas à sociedade e a um trabalho socialmente útil.

Como já se conhece o governo cubano teve que levar a cabo uma abertura interna e externa de sua economia para tirar o país da crise que o desaparecimento da União Soviética provocou, junto às medidas que adotou o governo norte-americano, como a Lei Helms Burton com o interesse de destruir a revolução. Uma das medidas contempladas nessa abertura foi o desenvolvimento impetuoso do setor do turismo internacional. A vida deu razão ao governo cubano, o turismo se converteu na locomotiva da economia e o país não só saiu do estancamento e da fase de retrocesso, senão começou a crescer e a dar continuidade aos seus programas de desenvolvimento. Não obstante, o turismo também incorporou a sociedade cubana seu lado feio, a prostituição.

Ainda assim, a situação atual da prostituição em Cuba não é como os ignorantes ou mal intencionados a apresentam.

Referido à magnitude do fenômeno, esta em nada se parece a que existia antes da revolução e tampouco pode comparar-se à situação existente na América Latina e na maioria dos países do mundo. Quem afirma que o governo tolera a prostituição não conhece as medidas que se aplicam para enfrentá-las, nem a forma em que as leis castigam duramente aos que exploram as prostitutas. O governo tem definido uma política de combate à prostituição fundamentada nos processos educativos e de assistência social, com participação da família e da sociedade e não mediante ações de repressão.

As mulheres cubanas que se dedicam à prostituição não o fazem como em outros países, onde se vêem obrigadas a vender seus corpos para comer, comprar remédios, pagar o aluguel da sua moradia ou pagar a educação de seus filhos entre tantas outras necessidades que somente dessa maneira podem resolver.

O governo cubano está consciente dessa complexa situação e o enfrenta com sabedoria e medidas integrais que beneficiam toda a família. Seria conveniente conhecer como este fenômeno está sendo resolvido em outros países, e como, o que é mais importante ainda, criam as condições e adotam as medidas para que não se siga reproduzindo geometricamente, inclusive afetando cada vez mais meninos e meninas.



Conclusões

O governo cubano sempre reconheceu que no país não existe uma sociedade perfeita (em que país tal sociedade existe?), que a economia deve crescer e desenvolver-se muito mais, que a população ainda tem que enfrentar dificuldades, escassez e limitações e tem demonstrado que têm vontade política para resolvê-las e que conta com programas adequados e com a participação ativa da população na execução dos mesmos, o qual garante que tais dificuldades serão resolvidas. Somente não estão em condições de apreciar ou reconhecer esta realidade aqueles que, como disse José Martí, "nada más que vem del sol suas manchas".

Reportagem sobre Cuba - Revista Veja

Como havia prometido, estou postando duas análises sobre Cuba: A primeira, mostra a reportagem apresentando as dificuldades do povo cubano nos dias atuais. Vale lembrar que a reportagem foi elaborada por uma revista brasileira de grande circulação no país.

Cubanos finalmente descobrem para que servem os discursos de Fidel e os jornais comunistas
sábado, 5 de setembro de 2009 | 5:27

A falta crônica de papel higiênico fez com que os cubanos encontrassem uma utilidade sanitária para as publicações comunistas

Desde seu primeiro momento, a revolução cubana promete "acabar com a crise de abastecimento". Em vão. Exemplo notório do fiasco das economias comunistas, a ilha nunca conseguiu ser um país normal, no qual se encontra no comércio o suficiente para as necessidades da vida civilizada. Escolados por uma vida de filas e racionamentos, os cubanos aprenderam que tudo o que o governo diz deve ser entendido ao avesso. Quando Fidel Castro deu a "boa notícia" de que não iria faltar leite para as crianças, a mensagem real era que não haveria leite para ninguém, exceto para os menores de 7 anos. No mês passado, quando o governo anunciou a chegada para o fim do ano de um carregamento de papel higiênico importado, os cubanos entenderam que não há solução à vista para a falta crônica do produto sanitário básico.

Duas décadas sem papel higiênico ajudaram os cubanos a encontrar uma utilidade, digamos, escatológica para o jornal oficial do Partido Comunista, o Granma, e para o recém-lançado Dicionário de Pensamentos de Fidel Castro, um livrão de mais de 300 páginas muito apreciado por suas folhas finas e macias. O uso sanitário das publicações do governo é tão difundido que já deu origem a uma versão bizarra da lei da oferta e da procura: no mercado paralelo, o jornal da semana passada é vendido pelo mesmo preço que o da edição do dia. Na verdade, não importa a data da publicação se a finalidade for substituir o papel higiênico. Favorito para o asseio dos cubanos, o Granma tem oito páginas (dezesseis às sextas-feiras) e 400.000 exemplares diários. Seus artigos, pura ladainha comunista, são uma enorme chatice. As notícias, distorcidas pela propaganda oficial, não têm credibilidade. Mas o diário é bastante valorizado pela qualidade absorvente do papel em que é impresso e também pelas cores firmes, que não mancham o traseiro de seus, por assim dizer, leitores.

O Granma é ansiosamente esperado por uma fila que se forma a partir das 6 horas da manhã. A maioria é de aposentados, que complementam a pensão minguada com o comércio de jornais para uso sanitário. Nas ruas de Havana, cada exemplar é revendido por cinco vezes seu preço na banca. Na falta do Granma, os revendedores oferecem exemplares do Juventud Rebelde (o papel é igual ao do Granma, mas a tinta azul usada na sua impressão desperta suspeitas). Em situação de aperto, há quem utilize o Trabajadores. O semanário sindical é, contudo, desprezado devido a seu papel áspero e à tinta laranja que deixa marcas reveladoras nas mãos e nas roupas das pessoas.

Até mesmo na redação do Granma, os jornalistas e demais funcionários usam as sobras de papel da gráfica. "Meus amigos sempre faziam piada, dizendo que se lembravam de mim quando iam ao banheiro", disse a VEJA o jornalista cubano YPP, que trabalhou no Granma até 2006. Por temor de represálias, ele pediu para ser identificado apenas pelas iniciais. Autor de uma matéria na qual fazia críticas veladas ao regime, YPP recebeu uma punição típica das ditaduras comunistas: foi proibido de trabalhar não apenas na imprensa, mas em qualquer lugar. Hoje vivendo no exterior, ele lembra como sua avó cortava cada folha do Granma em quatro pedaços e deixava uma pilha no banheiro para os netos usarem.

Uma única fábrica produz papel higiênico em Cuba, mas em quantidade insuficiente para a demanda. Até recentemente o produto podia ser encontrado nas lojas especiais, nas quais o preço é cotado em dólar. Apesar de ele custar caro demais para o bolso de um trabalhador, muitas famílias mantinham em casa pelo menos um rolo, para uso das visitas. Mas neste ano a maioria das lojas especiais fechou por falta de mercadoria. Papel sanitário é apenas um item da lista de produtos de higiene escassos em Cuba. Por falta de sabonete, os cubanos tomam banho com sabão de coco. As mulheres cortam pedaços de toalha para servir de absorvente. Não há expectativa de melhora. Nos primeiros três meses do ano, o turismo caiu 13% e a mesada venezuelana baixou para a metade. A ineficiente produção agrícola obriga o país a importar 80% dos alimentos. A produção industrial caiu 50% desde 1989 e o PIB é agora 35% menor. Para completar, o presidente Raúl Castro mandou reduzir o consumo de eletricidade nas fábricas em 12%. "Nenhum país do mundo consegue crescer com um corte de eletricidade desse tamanho", disse a VEJA o economista cubano Oscar Espinosa Chepe, de Havana. Cuba não é uma ilha. É um barco afundando com água por todos os lados. A boa notícia? Não vai faltar jornal.

Narcotráfico na América Latina

Estimados alunos,

Apresento-lhes alguns mapas e informações gerais que encontrei acerca do narcotráfico na América Latina - tema este delicado para as reflexões geográficas. Vejam os links abaixo:

- http://www.antidrogas.com.br/img_artigos/cocainepreco.jpg
- http://acd.ufrj.br/fronteiras/pesquisa/droga/p01pub01m1.gif
- http://www.blogtok.com/paginas/1303/imagens/trafico_de_drogas_mapa.gif
- http://f.i.uol.com.br/folha/mundo/images/08178163.gif

Beijos e Abraços,

Bruno.

Blocos Econômicos

Prezados alunos,

Segue, abaixo, alguns links de referência para maior pesquisa e detalhamento acerca dos blocos econômicos atuantes em nossa região:

- Página brasileira do Mercosul: http://www.mercosul.gov.br/
- Página que apresenta inúmeras informações sobre diversos blocos econômicos das Américas e do mundo como um todo. Excelente referência de pesquisa: http://www.alca-bloco.com.br/

Beijos e Abraços,

Bruno.

Gabarito dos Exercícios - P.111

Gabarito dos Exercícios - P.111
Blocos Econômicos, Narcotráfico e Cuba

1) A aproximação entre os países latino-americanos vem ocorrendo, mais recentemente, por meio do estreitamento das relações comerciais e econômicas entre eles, como ocorre com os países que compõem o Mercosul, por exemplo.

2) Os países-membros do Mercosul estão conseguindo ampliar suas relações comerciais com as demais nações do mundo, sobretudo com a União Européia. Com isso, a economia desses países pode alcançar melhor desempenho.

3) O Mercosul encontra-se na fase da união aduaneira, ou seja, os países-membros formam uma área de livre-comércio, sem tarifas alfandegárias, com exceção de alguns setores estratégicos, e praticam a Tarifa Externa Comum (TEC).

4) Desde a década de 1980, o Brasil vem exercendo uma influência cada vez maior sobre os países latino-americanos, tanto no âmbito das relações comerciais quanto no das diplomáticas. O Brasil passou a exportar e importar mais, além de estar se firmando como referência das discussões políticas da região.

5) Em algumas ocasiões, a integração comercial tem gerado prejuízos a determinados setores econômicos de um ou outro parceiro. Assim, para defender seus interesses econômicos, o país lesado acaba adotando medidas protecionistas, cobrando, por exemplo, impostos sobre os produtos concorrentes produzidos em outro membro do bloco, ação contrária à integração econômica esperada.

6) Com a formação da Alca, os Estados Unidos terão um grandioso mercado consumidor para absorver os seus produtos; por isso, seu objetivo é essencialmente econômico, já que suas multinacionais poderão ampliar a dominação sobre o mercado da América Latina. Os Estados Unidos, entretanto, não aceitam uma integração completa, como ocorre nos demais blocos, pois não querem, por exemplo, permitir a migração de trabalhadores latino-americanos para o seu território, fato desvantajoso para os países da América Latina.

7) O imperialismo norte-americano na América Latina ocorre tanto em termos político-econômicos, com as pressões visando a implantação da Alca, quanto em termos militares, no caso do combate ao narcotráfico na Colômbia, em que os EUA interferem deiretamente com a venda de armas e aeronaves.

8) Os baixos índices de analfabetismo e de mortalidade infantil em Cuba se devem, principalmente, à prioridade dada por seus governantes e pelos investimentos nos setores de educação e saúde.

9) Os novos investimentos na área de turismo em Cuba deverão contribuir, principalmente, para o desenvolvimento do setor terciário, como a prestação de serviços hoteleiros e o comércio em geral. Isso deverá promover novos investimentos e empregos no país.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Gabarito dos Exercícios - P.102

Urbanização e Economia - América Latina
[Questões de Compreensão - P.102]

1) O desenvolvimento da atividade industrial, a modernização do campo, o crescimento natural da população urbana e o processo de metropolização.

2) a) Cuba, Venezuela, Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.
b) Guiana e Guiana Francesa.
c) Cidade do México, Lima, São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires.

3) Podemos dizer que o processo de urbanização na América Latina foi excludente, pois, à medida que uma grande parcela da população não teve acesso a moradias adequadas nem aos serviços urbanos essenciais, formou-se uma segregação sócio-espacial no meio urbano. As consequências podem ser observadas hoje no espaço urbano latino-americano com bairros sem muita infra-estrutura urbana básica.

4) Esse desenvolvimento industrial ocorreu pelo fato de que alguns países, a fim de manter o abastecimento de seus mercados, foram obrigados a produzir gêneros que antes eram importados, investindo no desenvolvimento da atividade industrial. Desse modo, as importações de diferentes produtos passaram a ser substituídos pela produção interna.

5) Nesses países, o Estado investiu intensamente no desenvolvimento industrial. Por meio de financiamentos externos, investiu na implantação de indústrias de base, além de proporcionar a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento das indústrias.

6) Mesmo os países latino-americanos que mais se industrializaram, como Brasil, México e Argentina, continuam dependentes da transferência de capital e tecnologias dos países desenvolvidos. Isso porque a industrialização promovida sobretudo pelas multinacionais acabou inibindo o desenvolvimento de uma indústria genuinamente nacional.

7) A presença de multinacionais nos países latino-americanos se explica pela existência de várias condições favoráveis ao desenvolvimento dessas empresas, como: o custo reduzido de mão de obra, a existência de matérias-primas em abundância, o grande mercado consumidor e as vantagens oferecidas pelo Estado (como isenção de impostos, financiamentos e subsídios).

8) A relação está no fato de que os gêneros agrícolas e minerais exportados pelos países latino-americanos são pouco valorizados no mercado externo, ao contrário do que ocorre com as mercadorias industrializadas importadas por aqueles países. Isso dificulta a acumulação de riquezas e, consequentemente, o pagamento das dívidas.